Como é difícil para nós reconhecermos nossas próprias fraquezas. Talvez a aceitação mais difícil seja a da limitação de nossa própria existência. Sabemos que não somos eternos, mas jamais haverá qualquer meio para se descobrir o último dia ou para prolongar nossas vidas por pelo menos mais um século (e será que isso seria bom?). Eis o grande sonho da alma humana: ser eterno - e, contraditoriamente, a morte torna-se o tema que mais nos tortura em vida e o que nos faz perder nosso tão precioso tempo com angústias e tristezas.
Ora, pois a receita para ser eterno é simples. Se somos capazes de fazer cada momento eterno e de sermos eternos no coração de outras pessoas, temos nossa missão muito bem cumprida. Pensando assim, não temos tempo a perder senão aproveitando cada minuto sagrado que recebemos de presente. É aí que tudo passa a ter grande significado - passamos a entender que cada minuto que outras pessoas passam conosco são presentes que elas deixam para nós e que devemos retribuir a outros que passam por nós. Mas e aqueles que nada trazem de bom e tornam os momentos desagradáveis? A eles, damos o tempo, para que eles façam a mesma descoberta que fazemos um dia. Então, eles descobririam que, para ser feliz, basta apenas um minuto...
...Um minuto? Sim. O verdadeiro valor de tudo o que existe está no minuto que dedicamos não só à nossa felicidade, mas também à dos outros (e, consequentemente, teríamos igualmente a nossa). E, assim, aprenderíamos a valorizar os próximos minutos seguintes, pois daríamos sentido a cada coisa que fizéssemos. Assim, ninguém desejaria parar o tempo, mas que os próximos minutos viessem para que cada um pudesse valer o máximo possível. Será mesmo tão simples assim? É só fazer o teste, são apenas 60 segundos.
Resumindo: amar nos faz eternos.
Temos sido eternos em cada minuto de nossa existência?
Temos amado em cada minuto de nossa existência?
S.C.P.S.